LIVRES, ALEGRES E SOLTOS.


Caminhando pelos vales verdes, notei,
a passarada entusiasmada a cantar
entoada, ritmada, abafando o silêncio
dos que não cantam mais, isto observei.

Parei e minha vida também parou
alguns instantes feito êxtase, coisa rara  
e, cheio de uma força viva, envolvente,
pude desvendar algo que me emocionou...

Vi e senti naquela complexa amplidão,
que a vida ou a morte não interferem,
fazem parte do atraente espetáculo, que
é impossível a nós com esta exatidão.

Lá não encontrei nenhuma malvadeza,
somente a vontade de voar livre,
em revoada, namorar, acasalar...
Confesso, chorei na minha tristeza.